O IPCA é o mais importante indicador da inflação no país.
Além de servir como termômetro da economia nacional, é também utilizado como indexador para diversos investimentos de renda fixa.
Por isso, entender e acompanhar o que ele revela é necessário para administrar e planejar adequadamente suas finanças.
Quer saber mais sobre o IPCA?
Então, convidamos você a continuar com sua leitura e dominar tudo sobre o indicador da inflação.
Acompanhe!
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E não deixe de ver: no final do texto, sempre que possível, fazemos um esforço para trazer analogias e metáforas que ajudam a resumir e a fixar melhor cada um dos termos do Dicionário Finantor.
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O que é IPCA?
IPCA é a sigla para Índice de Preços ao Consumidor Amplo.
Sua principal função é medir a variação de preços de itens de consumo em determinada quantidade de tempo.
Ou seja, o IPCA mede a inflação do país em certo período.
Seu alcance é de cerca de 90% da população brasileira, já que o alvo do estudo são famílias que têm renda de 1 a 40 salários-mínimos.
Por isso, ele é considerado um dos principais indicadores econômicos do Brasil, mensurando o processo inflacionário de forma ampla.
Criado em 1979, o dado é coletado e divulgado regularmente pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Como funciona o IPCA
De forma resumida, você viu que o IPCA é o índice da inflação.
Isto é, ele é o número que indica o quanto os preços subiram em certo período de tempo.
Caso seja negativo, o IPCA aponta um processo de deflação – ou seja, queda dos preços.
Se o índice for de 5% em um ano, por exemplo, isso significa que houve aumento geral acumulado de 5% nos valores avaliados.
Alguns bens e serviços podem ter tido outras variações – inclusive, queda – já que o IPCA é a média de altas e baixas dos preços.
O importante, então, é considerar a perda do poder de compra que o indicador mensura.
No mesmo exemplo, se uma pessoa comprava 10 itens com R$ 100 no começo do ano, ela vai precisar de R$ 105 para adquirir os mesmos produtos após o acúmulo da alta de 5%.
Na prática, a inflação significa perda real da capacidade de compra do dinheiro. E é isso que o IPCA mede.
Dúvidas importantes sobre IPCA
A seguir, apresentamos outras informações relevantes para que você compreenda o IPCA e como impacta suas finanças de forma significativa.
Qual a importância do IPCA nos investimentos?
Como mencionamos, a inflação tem como principal medidor o IPCA.
Tomando essa informação como base, podemos dizer que o índice coletado pelo IBGE impacta os investimentos de duas formas:
- Rentabilidade
- Taxa de juros.
Rentabilidade é a taxa de ganhos líquidos do investidor.
Ou seja, ela é o percentual do lucro que uma pessoa tem após retirar todos os custos de uma aplicação.
Nesse caso, a inflação pode ser entendida como um dos “custos” que o investidor tem.
Afinal, ela corrói o poder de compra do dinheiro. Então, a rentabilidade dos investimentos também deve considerar a inflação.
Se um ativo consegue remunerar com taxas maiores do que o IPCA, pode-se dizer que ele obteve ganhos reais com a aplicação.
Por outro lado, o IPCA também é um indexador de opções de renda fixa.
O Tesouro Direto, por exemplo, pode pagar juros aos investidores com a taxa anual de IPCA + 3,98% como retorno fixo.
Como o IPCA é calculado?
O IPCA é composto pela variação de preços de diferentes itens de consumo da população brasileira.
O índice considera os seguintes setores para avaliar o aumento ou queda geral dos preços:
- Alimentação e bebidas
- Habitação
- Artigos de residência
- Vestuário
- Transportes
- Saúde e cuidados pessoais
- Despesas pessoais
- Educação
- Comunicação.
Quando é divulgado o IPCA do mês?
O IBGE mensura a variação de valores entre os dias 01 e 30 do mês, fazendo a divulgação do resultado entre os dias 11 e 20 do mês posterior ao avaliado.
Dessa forma, para cuidar melhor do seu dinheiro e fazer escolhas financeiras mais acertadas, continue com as suas pesquisas no Dicionário Finantor.
Analogias e metáforas sobre o IPCA: o “direto” da inflação sobre o seu orçamento

Diferente do IGP-M, que também capta a inflação que atinge os produtores de bens e serviços, o IPCA mostra a variação de preços apenas na “ponta” do consumo.
Por isso, sua medição ocorre sempre naqueles estabelecimentos ou serviços que atendem diretamente ao consumidor.
Supermercados, postos de gasolina, escolas particulares, farmácias e empresas de transporte são exemplos de locais de medição.
Logo, o IPCA é um golpe da inflação sobre o orçamento de 90% da população brasileira, achatando seu poder de compra.
Para bloquear esse golpe, quando se trata da renda do trabalho, a saída é buscar ganhar mais, sempre em níveis mais elevados do que a variação do IPCA.
Já no caso das reservas financeiras, é fundamental que elas estejam investidas em aplicações cuja rentabilidade seja no mínimo igual – e de preferência maior, é claro – que a variação do IPCA. Sobretudo no longo prazo.
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