Você já deve ter visto que o IGP-M é utilizado na correção do valor de aluguéis. Mas sabe dizer por que ele é usado nesse cálculo?
O Índice Geral de Preços – Mercado funciona como um importante indicador macroeconômico.
Afinal, ele mede a inflação de forma mais ampla do que o IPCA, permitindo uma visão abrangente sobre a economia brasileira.
Além disso, é o indexador de alguns investimentos de renda fixa – como títulos públicos do Tesouro Nacional.
Neste conteúdo, vamos trazer mais informações e curiosidades sobre o IGP-M, o Índice Geral de Preços – Mercado.
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E não deixe de ver: no final do texto, sempre que possível, fazemos um esforço para trazer analogias e metáforas que ajudam a resumir e a fixar melhor cada um dos termos do dicionário Finantor.
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O que é IGP-M?
IGP-M é a sigla para Índice Geral de Preços – Mercado.
Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ele indica o nível de atividade econômica do Brasil.
O índice é divulgado mensalmente pela FGV desde quando foi criado, em 1940.
Ele mensura a variação de preços de diferentes atividades entre os dias 21 do mês anterior e dia 20 do mês de coleta.
O IGP-M apura o preço de setores variados, que vão desde matérias-primas agrícolas e industriais até a bens e serviços.
Assim, ele é considerado um amplo indicador do processo inflacionário nacional.
O índice faz parte da série de Índice Geral de Preços (IGP), que também tem outros 2 indicadores – IGP-10 e IGP-DI.
Como funciona o IGP-M
O IGP-M é encontrado através da apuração do preço de diferentes itens da economia no Brasil.
Assim, ele mede a variação dos valores entre um mês e outro.
Seu resultado aponta se houve inflação, deflação ou se os números se mantiveram estáveis durante o período.
Ou seja, o índice verifica se, no tempo apurado, houve aumento, queda ou manutenção dos preços.
O indicador é ainda mais amplo do que outro que mensura o processo inflacionário brasileiro: o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o mais famoso indicador da inflação.
No entanto, enquanto IGP-M avalia diversos segmentos da economia, o IPCA fica restrito à variação dos preços no comércio para o público final.
Dúvidas importantes sobre IGP-M
A seguir, apresentamos outras informações sobre o IGP-M que você precisa conhecer.
Então, acompanhe e veja respostas às dúvidas mais comuns sobre o índice.
Para que serve o IGP-M?
O índice tem como principal função mensurar a variação de preços no mercado brasileiro em determinado espaço de tempo.
Dessa forma, ele apura o processo inflacionário do período.
Mas o IGP-M também é utilizado como indexador de contratos de:
- Empresas prestadoras de serviço, como telefonia, educação e planos de saúde
- Aluguel
- Alguns investimentos de renda fixa.
Como é feito o cálculo acumulado do IGP-M?
O indicador é encontrado utilizando dados de outros índices econômicos, que são os seguintes:
- IPA: Índice de Preços ao Produtor Amplo
- IPC: Índice de Preços ao Consumidor
- INCC: Índice Nacional de Custo da Construção.
A partir daí, é realizada a média aritmética ponderada desses indicadores, considerando 60% para o IPA, 30% para o IPC e 10% para o INCC.
Como calcular o reajuste de aluguel pelo IGP-M?
Como você viu, alguns contratos de aluguel são reajustados com base no IGP-M.
Assim, para saber o valor da despesa para o novo ano contratado, basta multiplicar o aluguel mensal pelo índice acumulado do ano, somando o aumento ou queda.
Por exemplo: em 2019, o IGP-M acumulou alta de 7,30%.
Se um aluguel tem o custo de R$ 1.500 por mês, a despesa mensal em 2020 será de:
- Aluguel reajustado = R$ 1.500 + (R$ 1.500 x 7,30%)
- Aluguel reajustado = R$ 1.500 + R$ 109,50
- Aluguel reajustado = R$ 1.609,50.
Você viu neste conteúdo que o IGP-M é um índice que mede a inflação da economia brasileira e é utilizado para reajuste de contratos, como aluguéis e prestação de serviços.
Dessa forma, para cuidar melhor do seu dinheiro e fazer escolhas financeiras mais acertadas, continue com as suas pesquisas no Dicionário Finantor.
Analogias e metáforas sobre IGP-M: os problemas da inflação nas raízes da produção e do consumo

Considere que o sistema econômico do país seja uma árvore como essa. Logo, problemas nos galhos e folhas representariam uma inflação mais visível ao consumidor final.
É o caso daquela medida por um índice como o IPCA, por exemplo.
Para esse consumidor final, é mais difícil identificar eventuais deformidades que afetam as raízes da árvore.
Tais raízes representam as transações e os preços praticados entre produtores. Em geral, entre fornecedores de insumos e indústrias.
O IGP-M é um indicador de inflação com esse poder de captar as anomalias inflacionárias nas raízes das cadeias produtivas.
Dois terços do índice são compostos por indicadores assim: o IPA (índice de Preços ao Produtor Amplo) e o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção).
Por conta disso, são comuns as situações em que o IGP-M antecipa movimentos inflacionários que vão acontecer só depois com os preços finais ao consumidor.
A exceção fica por conta dos aluguéis, uma verdadeira raiz mais exposta no nosso sistema de preços, por ser normalmente indexada pelo IGP-M.
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